Max
Schireson, presidente da MongoDB, empresa fornecedora de banco de dados
para clientes como IBM, Intel e Cisco, comunicou que deixará seu cargo
de Presidente (CEO) para dedicar mais tempo à família.
Em seu blog, No artigo intitulado “Why I am leaving the best job I ever had”
(“Por que estou deixando o melhor emprego da minha vida”), ele menciona
que as pessoas lhe perguntam sobre qual tipo carro dirige ou de que
estilo de música ele gosta, mas nunca sobre como equilibra os papéis de
pai e CEO.
Schireson tem três filhos (de 9, 12 e 14 anos) que vivem com sua esposa
em Palo Alto, Califórnia, nos EUA. A maioria das atividades da MongoDB,
porém, são baseadas em Nova York, e por conta disso, ele precisa viajar
constantemente entre as duas cidades. “Durante essas viagens, tenho
perdido muitos momentos de diversão da minha família, e talvez mais
importante que isso, eu não estava com as minhas crianças quando nosso
cachorro foi atropelado por um carro ou quando meu filho precisou de uma
cirurgia (pequena, bem-sucedida e, é claro, não esperada)“, comenta Schireson.
Ele confirma que passará o comando da companhia para outra pessoa e que
estará ao lado desse profissional para ajuda-lo no que for preciso “em tempo integral, mas não em tempo integral louco“.
“Eu
reconheço que ao escrever isso devo estar me desqualificando para um
papel de CEO no futuro. Isso vai me custar dezenas de milhões de dólares
um dia? Talvez. Mas a vida é feita de escolhas. Agora, eu escolhi
passar mais tempo com a minha família e estou confiante de que posso
continuar tendo uma atuação significativa e gratificante no trabalho
fazendo isso. No princípio, pareceu uma escolha difícil, mas quanto mais
eu abraço essa escolha, mais convencido eu estou de que ela é a certa“.
Adaptado
da Matéria “Conheça o CEO que abandonou o posto para ser um pai melhor”
do Portal exame.com. Colaboração Paulo Alvarenga (PA)
Como mencionou Disraeli, “A vida é muito curta para ser pequena”,
e cada ser humano é quem decide se ela será grande ou pequena de acordo
com a maneira que vive e prioriza aquilo que é mais importante para si.
Neste caso, não existe certo ou errado, mas existe “alinhado” e
“desalinhado”. Alinhado é quem vive de acordo com aquilo que acredita.
Max Schireson tomou uma decisão difícil para alinhar-se com o que
acredita e, apesar do custo financeiro que essa decisão possa lhe
trazer, ele tem plena consciência de que nenhum dinheiro no mundo pode
comprar aquilo que é mais importante para sua vida: as pessoas que ama.
Dentro
desse contexto, vale refletir sobre o trabalho de Bronnie Ware, uma
enfermeira que durante anos cuidou de pacientes no leito de morte, e
escreveu o livro “Os Cinco Maiores Arrependimentos antes de Morrer”, que
são estes:
1. Queria ter aproveitado a vida do meu jeito e não da forma que os outros queriam
O
arrependimento mais comum de todos. Segundo Bronnie, quando as pessoas
percebem que sua vida chegou ao fim, fica mais fácil ver quantos sonhos
elas deixaram para trás. “A saúde traz uma liberdade que poucos percebem
que possuem, até que a perdem”.
2. Queria não ter trabalhado tanto
Bronnie
conta que esse desejo era comum a todos os homens que ela atendeu. Eles
falam sobre sentir falta de ver as crianças crescendo ou da companhia
de sua esposa. Isso não quer dizer que as mulheres não apresentem a
mesma queixa, mas como a maior parte das pacientes da enfermeira são de
uma geração mais antiga, nem todas precisavam trabalhar para sustentar a
família.
3. Queria ter falado mais sobre meus sentimentos
Para
viver em paz com outras pessoas, muita gente acaba suprimindo seus
próprios sentimentos. De acordo com a enfermeira, alguns de seus
pacientes até desenvolveram doenças por carregar esse rancor e esse
ressentimento e nunca falar sobre o assunto.
4. Não queria ter perdido contato com meus amigos
“Todos
sentem falta dos amigos quando estão morrendo”, afirma Bronnie. Segundo
ela, muitas pessoas não percebem que sentem saudades dos amigos até as
semanas que precedem sua morte.
5. Queria ter me permitido ser feliz
De
acordo com Bronnie, muitas pessoas só percebem no fim que a felicidade
é, na verdade, uma questão de escolha. “O medo de mudar fez com que eles
fingissem para os outros e para eles mesmos que eles estavam
satisfeitos quando, no fundo, tudo o que eles queriam era rir e ter mais
momentos alegres”.
A vida é uma série de escolhas, por isso, escolha conscientemente, escolha sabiamente, escolha honestamente, escolha ser feliz.
Um grande abraço,
Marco Fabossi
Fonte: http://www.blogdofabossi.com.br