segunda-feira, 24 de julho de 2017

Fazendo a diferença


Juan Mann é australiano e viveu em Londres por alguns anos tentando dar certo na vida por lá. Depois de se desiludir e fracassar em tudo que tentou fazer e ser abandonado pela noiva, Juan decidiu voltar para a Austrália.
Numa noite solitária, Juan resolveu ir a uma festa e algo mágico aconteceu. Um estranho veio até ele e lhe deu um abraço; um abraço que lhe arrancou da solidão. Por um breve momento ele se sentiu “conectado” com o mundo à sua volta, e uma idéia “estranha” surgiu a partir daquele abraço. Ele decidiu dar “abraços grátis” para estranhos no shopping! Ele começou a andar pelo shopping com um cartaz com as palavras “Free hugs” (Abraços grátis)!
As pessoas passavam por ele fazendo caras estranhas, mantendo distância, até que alguns “corajosos” começaram a se aproximar e reclamar os abraços oferecidos. Ao serem abraçadas as pessoas saiam sorrindo, energizadas pela experiência inusitada. Aos poucos, as pessoas começavam a se abraçar umas as outras ao redor de Juan. As pessoas que freqüentavam e trabalhavam no shopping começaram a se sentir mais alegres em seu dia-a-dia.
Toda quinta-feira, Juan estava no mesmo lugar no mesmo shopping. Logo, os abraçam se tornaram um ritual semanal para muitos que freqüentavam e trabalhavam por lá. Uma das pessoas que aceitou ser abraçado por Juan era Shimon Moore, que era membro de uma banda chamada Sick Puppies, que estava buscando patrocínio para seu primeiro disco. Por conta própria, Shimon começou a filmar Juan dando seus abraços durante dois meses.
Com o passar do tempo, porém, a vida continuou e Shimon se mudou para Los Angeles com sua banda procurando por uma chance real no mercado da música. Juan continuou em Sydney, e depois de um tempo, sua avó faleceu, e ao saber do fato, Shimon quis fazer algo por Juan, e editou os vídeos dos registros dos abraços em Sydney e fez uma montagem colocando uma das músicas de sua banda de fundo chamada “All the Same” (Todos Iguais). Shimon então enviou para Juan um CD com o vídeo e a mensagem: “Este é quem você é”.
Mas além de enviar o vídeo a Juan, Shimon e sua banda decidiram colocar o vídeo no YouTube, e em 3  dias o vídeo já havia sido visto por 250.000 pessoas, sendo colocado em evidência na primeira página do site. O que aconteceu a seguir foi tão inesperado e mágico como o primeiro abraço que Juan recebeu naquela festa:
Um produtor do programa Good Morning America viu o vídeo no YouTube. Uma audiência de mais de 50 milhões de pessoas assistiu ao vídeo de Juan e seus abraços que foi transmitido em cadeia nacional nos Estados Unidos. Um produtor do programa de Oprah Winfrey assistiu ao vídeo e convidou Juan para aparecer no programa. O estudante colegial Yu Tzy-wei viu Juan no programa de Oprah e revolveu começar uma campanha similar em Taiwan. Campanhas de abraços gratuitos começaram a surgir em lugares como França, Alemanha, Itália, Brasil, Bélgica, Grécia, Suíça, Inglaterra, Estados Unidos, Dinamarca e Espanha. Na França, o governo resolveu usar a idéia para combater o preconceito contra portadores do HIV incentivando campanhas de abraços gratuitos.
Por fim, a banda de Shimon conseguiu um contrato milionário com uma gravadora.
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Na verdade, nem Juan, nem Shimon, nem ninguém saberá ao certo a magnitude do impacto das campanhas de abraços. Jamais saberemos se alguém que estava à beira do suicídio foi salvo por um desses abraços, ou se alguém coberto de ódio mudou seu padrão ao seu abraçado e como consequência evitou um desastre que ocorreria se continuasse com os mesmos pensamentos; jamais saberemos se alguém que estava prestes a terminar um relacionamento mudou de idéia ao ser abraçado.
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O que sabemos, com certeza, é que quem quer que tenha sido abraçado por Juan ou por alguém conduzindo uma campanha similar, foi impactado positivamente. O que sabemos é que uma idéia simples e até boba para alguns, correu o mundo melhorando o humor e bem estar de milhões de pessoas. O que sabemos na verdade, é que pequenos gestos podem fazer a grande diferença, portanto, façamos a nossa parte!

Um grande abraço,
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Marco Fabossi
Fonte: http://www.blogdofabossi.com.br

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